O Ministério da Defesa da Argentina gerou controvérsia ao se referir às Ilhas Malvinas como Falklands em um comunicado recente. Essa denominação provocou reações negativas tanto de opositores quanto de aliados do presidente Javier Milei. A chancelaria argentina anunciou que demitirá o responsável pela redação do comunicado, acusando-o de agir de acordo com uma ideologia de esquerda que atenta contra os interesses do país. A declaração foi feita pela chanceler Diana Mondino, que se comprometeu a identificar e punir os envolvidos.
A polêmica surgiu a partir de uma reunião entre a chanceler e um representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, onde foi abordada a identificação de combatentes argentinos que faleceram durante a guerra de 1982. O uso do termo Falklands, que remete à nomenclatura britânica, foi visto como uma ameaça à soberania argentina, levando a críticas de diversos parlamentares e setores da sociedade. O texto foi posteriormente removido do site do Ministério da Defesa, evidenciando a pressão sobre o governo.
Historicamente, a Argentina reivindica a soberania sobre as Ilhas Malvinas há quase 200 anos, com a guerra de 1982 sendo um marco importante nesse conflito. A reação rápida do governo argentino à controvérsia destaca a sensibilidade em torno da questão territorial e a importância da terminologia utilizada em contextos diplomáticos. A situação reflete não apenas a polarização política interna, mas também a necessidade de uma postura unificada em relação a questões de soberania nacional.