Moradores do residencial Greenvile, localizado no bairro Nova Esperança em Porto Velho, enfrentam a falta de água potável há quase dois meses devido à seca severa do rio Madeira, que afetou os lençóis freáticos da região. A Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) confirmou que a diminuição do nível do rio comprometeu o abastecimento, levando a comunidade a racionar água e buscar alternativas, como a solicitação de caminhões-pipa. Apesar de algumas tentativas de reabastecimento, muitos residentes ainda enfrentam dificuldades em garantir o mínimo necessário para suas necessidades diárias.
O problema da escassez de água afeta não apenas os moradores de Greenvile, mas também as comunidades ribeirinhas, que têm vivido com menos de 50 litros de água por dia, muito abaixo da média recomendada pela ONU. Além da escassez de água potável, a seca histórica tem impactado a economia local, com armadores e operadores portuários enfrentando a paralisação das atividades e necessitando de doações para sobreviver. Desde julho, o nível do rio Madeira vem batendo recordes negativos, levando a um cenário crítico para a região.
Em resposta à crise hídrica, a Caerd planeja perfurar novos poços para aumentar a capacidade de abastecimento, enquanto a situação continua a exigir esforços do governo local e da Defesa Civil para fornecer água à população afetada. Os moradores se veem obrigados a esperar pelos caminhões que distribuem água, mas a quantidade disponível ainda é insuficiente para atender a demanda crescente, evidenciando a gravidade da situação em meio a uma seca sem precedentes na história do estado.