Em um aumento significativo nas tensões diplomáticas, a Venezuela convocou seu embaixador em Brasília após declarações críticas de um assessor do governo brasileiro sobre a relação entre os dois países. O regime venezuelano expressou descontentamento, convocando também o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Caracas. O governo do país vizinho criticou as declarações como ingerência nas questões internas da Venezuela, destacando que as opiniões do assessor brasileiro foram consideradas inadequadas e alinhadas com interesses externos.
A crise se intensificou após o veto do Brasil à adesão da Venezuela ao grupo Brics durante uma cúpula recente. Apesar do apoio de aliados como Rússia e China, o regime de Maduro se viu impedido de integrar o bloco, levando a acusações de traição ao Itamaraty. O ex-chanceler brasileiro confirmou que a decisão estava ligada ao mal-estar entre os governos, ressaltando que a Venezuela não demonstrava condições de colaborar de forma efetiva no contexto internacional.
As relações entre os dois países se deterioraram desde a não aceitação da reeleição de Maduro, considerada não transparente pelo governo brasileiro. O atual governo, que anteriormente apoiou a reabilitação política do país vizinho, agora enfrenta um cenário complicado, caracterizado por uma quebra de confiança. O assessor afirmou que o Brasil ainda pretende agir como mediador na crise venezuelana, embora evite rotular o regime como uma ditadura, buscando manter um canal de comunicação aberto.