A embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, cancelou suas férias e já iniciou seu retorno a Caracas, em resposta à decisão da Venezuela de convocar seu embaixador no Brasil. O governo venezuelano expressou um forte repúdio às declarações consideradas intervencionistas por parte de representantes brasileiros, criticando especificamente o assessor internacional do presidente brasileiro. A situação foi caracterizada como um mal-estar pelo assessor especial, que mencionou a reação desproporcional da Venezuela após o veto no Brics.
No momento, a embaixada brasileira em Caracas está sob a direção do encarregado de negócios, Breno Hermann, que foi chamado para uma reunião pelo governo venezuelano. As autoridades brasileiras, tanto do Planalto quanto do Itamaraty, têm evitado comentar as recentes decisões e declarações feitas pelo governo venezuelano. A expectativa é que a embaixadora retorne ao seu posto no final de semana, em meio a tensões diplomáticas.
A crise entre os dois países parece enterrar as esperanças de um diálogo construtivo com a administração atual da Venezuela. A convocação de embaixadores para consultas é um procedimento diplomático que reflete a gravidade das relações entre os países, e analistas apontam que, embora a situação seja delicada, não há previsão de retaliações por parte do Brasil em resposta às ações venezuelanas.