O governador do Rio de Janeiro anunciou que criminosos dispararam intencionalmente contra motoristas e passageiros na Avenida Brasil, após uma operação da Polícia Militar na comunidade do Complexo de Israel. A ação, que visava combater o roubo de veículos e cargas, resultou em três mortes e duas pessoas feridas, com o governador afirmando que as vítimas foram alvejadas deliberadamente pelo tráfico de drogas. Ele justificou a decisão da polícia de recuar, destacando que a principal missão é proteger a população.
Em resposta à situação, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa criticou a operação, apontando a falta de planejamento e a ineficácia das ações, que resultaram em um saldo desproporcional de mortos e feridos. Apenas uma prisão e a apreensão de duas granadas foram registradas, enquanto o impacto negativo nas comunidades afetadas foi significativo, com ruas fechadas e interrupções em linhas de trem, prejudicando o direito de ir e vir dos cidadãos.
O governador também responsabilizou o governo federal pela entrada de armamentos e drogas no estado, destacando a quantidade de fuzis e drogas apreendidos durante seu mandato. Ele chamou a atenção para a necessidade de maior colaboração federal para efetivar o trabalho de combate ao tráfico, criticando a continuidade de operações policiais que, segundo ele, não têm surtido o efeito desejado, enquanto a violência e a criminalidade persistem nas comunidades.