Nos últimos dias, São Paulo enfrentou uma grave crise de fornecimento de energia, com mais de 537 mil domicílios sem luz até a manhã desta segunda-feira (14). O governador de São Paulo entrou em contato com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) para exigir ações mais rigorosas em relação à Enel Energia, a concessionária responsável pelo fornecimento. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a entidade que deve fiscalizar a atuação da empresa, e a situação desencadeou uma discussão acalorada entre candidatos à eleição municipal, que se acusam mutuamente de responsabilidade pela crise.
O TCU está analisando o serviço prestado pela Enel, mas até o momento não encontrou falhas significativas na fiscalização realizada pelo Poder Público. Embora a Aneel reconheça a necessidade de melhorias na regulação para lidar com eventos climáticos extremos, ministros afirmam que um processo de caducidade do contrato não é simples e exigiria uma avaliação abrangente do atendimento e de outros fatores jurídicos. Essa poderia ser a primeira vez que uma concessão passaria por um processo desse tipo no Brasil.
A disputa política se intensificou, com um candidato defendendo a necessidade de um manejo mais sério de eventos climáticos e melhorias na gestão de resíduos, enquanto o outro atribui a crise à falta de fiscalização da Aneel. A situação continua a evoluir, enquanto a população aguarda soluções para o restabelecimento do serviço de energia.