Moradores de São Paulo enfrentam uma crise de abastecimento elétrico que já dura três dias, levando a uma intensa troca de acusações entre as autoridades federal e municipal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com ministros para discutir o apagão, enquanto o prefeito Ricardo Nunes atribui a responsabilidade ao governo federal e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que, segundo ele, não atuaram de maneira adequada em relação à concessionária Enel. O clima de tensão é agravado pela proximidade das eleições municipais.
Durante o encontro, foram discutidas medidas para proteger os consumidores da região metropolitana e investigar possíveis irregularidades da Enel. O ministro de Minas e Energia em exercício enviou um ofício à Aneel pedindo uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade da empresa. Além disso, o governador do estado se reuniu com o presidente do Tribunal de Contas da União para discutir formas de pressão sobre a Aneel para uma atuação mais eficaz em relação à concessionária.
A crise energética em São Paulo não apenas afeta a vida cotidiana dos cidadãos, mas também se torna um tema central na disputa política atual. O debate envolve questões sobre a responsabilidade dos gestores locais e federais, além de uma análise sobre as ações que poderiam ter sido tomadas para evitar a situação, como a manutenção adequada da infraestrutura e gestão de recursos públicos.