O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou a transformação da criminalidade no Brasil, que atualmente não se restringe a gangues de bairro, mas sim a organizações criminosas com características mafiosas. Durante a abertura de uma reunião sobre a PEC da Segurança Pública, ele destacou a migração do crime para a economia real e a necessidade de um pacto federativo que envolva a Justiça e os Executivos estaduais, enfatizando que os Estados sozinhos não conseguem combater o crime organizado eficazmente.
Costa também abordou a urgência da implementação de um registro de identidade único, apontando que atualmente um criminoso pode possuir até 27 carteiras de identidade. A proposta é criar um cadastro unificado que permita uma melhor gestão e acesso a dados pelas autoridades. Essa mudança visa não apenas simplificar a identificação, mas também fortalecer a integração entre os órgãos de segurança.
A PEC da Segurança, desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem como objetivo incluir na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Essa proposta busca estabelecer uma base legal para que a União possa definir diretrizes para todo o sistema de segurança, promovendo a integração de dados e a colaboração entre as polícias estaduais e a Polícia Federal, atualmente sob a responsabilidade dos Estados.