O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas informou que, desde o início de outubro, nenhum alimento entrou no norte de Gaza, colocando em risco 1 milhão de pessoas. A situação é alarmante, pois, em agosto, cerca de 700 caminhões de ajuda haviam chegado à região, enquanto em setembro esse número caiu para apenas 400, devido à interrupção das operações na Passagem de Allenby. A escassez de alimentos tem forçado o PMA a interromper a distribuição de cestas básicas em outubro, com a fome se tornando uma realidade cada vez mais ameaçadora para a população vulnerável.
Com a falta de suprimentos, duas padarias importantes no centro de Gaza, apoiadas pelo PMA, encerraram suas atividades devido à escassez de farinha e combustível. Os moradores enfrentam dificuldades para obter pão, alimento básico essencial para a população palestina. Ahmad Abed, um trabalhador de padaria, relatou que sua família depende do trabalho diário para conseguir se alimentar, destacando a crítica situação em que muitas famílias se encontram. A dependência da ajuda humanitária cresceu significativamente, com a população correndo o risco de inanição.
Recentemente, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) registrou que setembro teve o menor volume de suprimentos entrando em Gaza desde março de 2024. Além disso, uma nova operação terrestre das forças militares israelenses no norte de Gaza intensificou a insegurança, levando a evacuações na região. Apesar das tentativas de ajudar, muitos moradores hesitam em deixar as áreas afetadas devido a ataques que visam militantes, destacando a complexidade da situação humanitária.