No Rio de Janeiro, um grupo de criminosos invadiu nove ônibus, transformando-os em barricadas durante uma operação policial na Zona Oeste. Os motoristas e passageiros foram forçados a descer dos veículos, que foram posicionados na Estrada do Itanhangá, uma via crucial para a região. A ação foi parte de uma estratégia para dificultar a operação da polícia, que estava realizando ações contra traficantes que pretendiam invadir áreas controladas por milicianos. Essa região tem sido um ponto de disputa entre grupos criminosos nos últimos dois anos, gerando um ambiente de temor e insegurança para os moradores.
A situação na comunidade é alarmante, com relatos de moradores sobre o aumento das taxas cobradas pelos traficantes e a exploração de serviços. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro destacou que o tráfico de drogas se adaptou às táticas das milícias, levando à desordem urbana e ao controle sobre diversos serviços, como a construção civil. As interrupções na Estrada do Itanhangá impactaram significativamente o cotidiano da população, dificultando o acesso às escolas e ao trabalho.
Em 2024, já foram registrados 95 sequestros de ônibus para serem usados como barricadas, além de oito ônibus incendiados. O porta-voz do sindicato das empresas de ônibus afirmou que a situação exige mais segurança, pois os direitos dos cidadãos são constantemente violados nessas áreas dominadas por grupos armados. Especialistas em segurança pública alertam que a guerra entre esses grupos compromete a vida e a propriedade dos moradores, gerando uma crise de segurança que afeta diretamente a população local.