O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o Dia da Música Gospel, celebrado em 9 de junho, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Este ato é interpretado como uma forma de agradar à bancada evangélica no Congresso Nacional, refletindo o crescimento do gênero gospel no Brasil, que mobiliza uma parte significativa da população, apesar de sua ausência nos rankings de streaming.
A música gospel, originária dos Estados Unidos, é uma expressão da crença cristã e se tornou um fenômeno nas igrejas evangélicas brasileiras. No entanto, sua ascensão gera controvérsias, especialmente entre aqueles que se opõem às ideologias das igrejas evangélicas. O debate é acirrado, como demonstrado pela reação do público durante performances que incorporam louvores evangélicos, evidenciando a polarização política e a intolerância religiosa crescente no país.
A criação do Dia da Música Gospel pode intensificar a intolerância musical religiosa, já que a música é frequentemente um reflexo das crenças pessoais. Embora a celebração das diversas expressões musicais deva ser respeitada em nome da paz e da democracia, a realidade é que o contexto político e social atual fomenta divisões, desafiando a convivência harmoniosa entre diferentes grupos religiosos e suas manifestações culturais.