Nos últimos anos, o mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) ganhou destaque no Brasil como uma alternativa viável de captação de recursos para empresas, especialmente diante da crescente dificuldade de acesso ao crédito bancário. Entre dezembro de 2020 e abril de 2024, o número de FIDCs aumentou 106%, e seu patrimônio líquido cresceu mais de 179%, de acordo com a Anbima. Esses fundos têm atraído investidores em busca de rendimentos mais robustos e menos volatilidade em comparação às instituições bancárias tradicionais, que têm enfrentado limitações e custos elevados.
A Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), implementada em outubro do ano passado, facilitou o acesso aos FIDCs para o público em geral, contribuindo para a popularização dessa modalidade. O avanço das fintechs e a alta demanda por crédito no Brasil também são fatores que impulsionam o interesse pelos FIDCs. Segundo especialistas do setor, a possibilidade de oferecer recursos com prazos mais longos e a construção de um histórico de bom pagador favorecem as empresas que optam por essa alternativa. Além disso, a utilização de tecnologias, como inteligência artificial e machine learning, tem sido fundamental para o monitoramento de riscos e para a estruturação eficiente desses fundos.
Com a expectativa de que o segmento de FIDCs cresça de R$ 600 bilhões para R$ 2 trilhões nos próximos cinco anos, diversas empresas, de diferentes setores, têm buscado essa opção de financiamento. A diversificação das operações e a estruturação adequada dos fundos são essenciais para mitigar riscos e garantir retornos consistentes aos investidores. O caso da Solis Investimentos exemplifica essa tendência, com a empresa aumentando significativamente seu patrimônio sob gestão nos últimos anos e ampliando suas operações para atender uma gama diversificada de tomadores.