Nos últimos dez anos, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil mais que triplicou, passando de 4,6 milhões em 2014 para 15,7 milhões em 2023. Esse crescimento é reflexo das mudanças no mercado de trabalho e das relações profissionais, acentuadas pela pandemia. Muitas pessoas, impulsionadas pela necessidade de reinvenção, decidiram abrir negócios próprios, especialmente no setor de alimentação, que tem se mostrado promissor.
Apesar do aumento no número de microempreendedores, a sustentabilidade dos negócios ainda é uma preocupação. Pesquisas do Sebrae indicam que três em cada dez MEIs fecham as portas em até cinco anos, evidenciando os desafios que enfrentam, como a complexidade das regras e altos impostos. Além disso, muitos empreendedores vêm de um histórico de trabalho com carteira assinada, o que representa uma mudança significativa em termos de segurança financeira e benefícios sociais.
A pesquisa também revela que cerca de 90% dos microempreendedores estão operando ativamente, o que demonstra uma resiliência admirável. Muitos deles gerenciam seus negócios a partir de casa, conciliando responsabilidades profissionais e familiares. O cenário atual exige inovação e adaptabilidade, especialmente com o crescimento das vendas online. A história de microempreendedores destaca um novo perfil de trabalhadores que, com força de vontade e criatividade, buscam prosperar em um ambiente desafiador.