O número de matrículas no ensino superior a distância no Brasil quase igualou-se ao das instituições presenciais, com 4,9 milhões de alunos a distância e 5,06 milhões presenciais, de um total de 9,9 milhões de estudantes em 2023. A modalidade a distância (EAD) tem se expandido devido à sua conveniência e custos reduzidos, especialmente após a pandemia de covid-19, mas especialistas alertam para a necessidade de melhorar a supervisão e garantir a qualidade, principalmente em áreas cruciais como a formação de professores.
Os dados do Censo da Educação Superior 2023 revelam que, apesar do aumento significativo de matrículas na EAD, a quantidade de alunos no presencial tem diminuído, com uma perda de cerca de 49 mil vagas no último ano. O Ministério da Educação (MEC) iniciou reformulações para regular a EAD e suspendeu a criação de novos cursos na modalidade até março de 2025, visando assegurar a qualidade da formação. Além disso, uma nova diretriz exige que cursos de licenciatura a distância ofereçam pelo menos 50% das aulas de forma presencial.
O crescimento das matrículas na educação pública, que alcançou 1 milhão de vagas, foi de 19% no último ano. No entanto, a maioria das vagas ainda está na rede privada, que abriga 23,6 milhões de alunos. O aumento no número de vagas é atribuído a investimentos no setor e à pressão das universidades federais por mais recursos. Apesar do crescimento contínuo, ainda há uma demanda significativa por vagas na graduação, indicando um desejo crescente da sociedade por acesso à educação superior.