O comércio eletrônico no Brasil apresenta um grande potencial de crescimento, conforme revelado em um relatório da FTI Consulting. As vendas devem alcançar R$ 204,27 bilhões em 2024, refletindo um aumento de cerca de 10% em relação ao ano anterior. Apesar de o e-commerce representar apenas 9% das vendas totais do varejo nacional, o país ainda está em um estágio de amadurecimento, com oportunidades de crescimento significativas, principalmente em comparação a mercados mais maduros como o México.
O relatório destaca a importância do acesso à internet e ao ambiente financeiro digital como fatores propulsores desse crescimento. A pandemia acelerou a adoção do comércio eletrônico, que registrou um pico de quase 30% em 2020, mas desde então o ritmo de crescimento tem desacelerado. Além disso, a alta taxa de endividamento das famílias, que atingiu 48% da renda anual, contribui para o crescimento mais lento tanto do e-commerce quanto do varejo físico.
Ainda assim, as categorias de bens duráveis e produtos de tecnologia estão em alta, impulsionadas pela crescente confiança dos consumidores em realizar compras online. O aumento da bancarização e o acesso a smartphones também são vistos como alavancas para o crescimento do setor. Embora o Brasil enfrente desafios logísticos devido a suas dimensões continentais, as melhorias na infraestrutura e a digitalização financeira oferecem soluções promissoras para maximizar o potencial do e-commerce nas diversas regiões do país.