O número de indivíduos com mais de US$ 30 milhões em ativos, considerado o limiar para a ultra-alta renda, cresceu de 157 mil em 2016 para 220 mil em 2023, segundo dados da Capgemini. Essa mudança de cenário elevou a percepção do que significa ser rico, com novos padrões sugerindo que valores na casa dos US$ 100 milhões estão se tornando mais comuns entre a elite financeira. O aumento na riqueza dos UHNWIs é impulsionado principalmente pelo empreendedorismo no setor de tecnologia, além da resiliência econômica e iniciativas governamentais que favorecem o crescimento do capital nos EUA.
As flutuações de mercado não afetam da mesma maneira os UHNWIs, que têm horizontes de investimento de longo prazo e um maior apetite por risco. Enquanto os ricos buscam preservar sua riqueza, os ultra-ricos estão focados no crescimento. O ambiente atual de inflação, aliado a novas oportunidades de investimento, como criptomoedas e imóveis, tem contribuído para a expansão desse grupo. A pesquisa indica que 91% dos UHNWIs têm interesse em investimentos de paixão, como arte e colecionáveis, refletindo uma mudança nos hábitos e preferências desse público.
As previsões indicam que o número de UHNWIs deve aumentar em 28% nos próximos quatro anos, embora a taxa de crescimento seja mais lenta do que em períodos anteriores. Apesar de a América do Norte liderar o crescimento, a Europa abriga a maioria dos mais ricos. A busca por segundas residências de luxo e investimentos em imóveis comerciais destaca a necessidade de adaptação dos serviços de gestão de patrimônio às novas demandas desse grupo em ascensão.