O crescimento das vagas formais de trabalho para mulheres no Brasil durante 2024 superou o aumento das vagas para homens, com um crescimento de 45,18% em comparação a 10,1% para os homens entre janeiro e agosto. Apesar desse avanço, o saldo absoluto de empregos ainda é maior para homens, e os salários médios permanecem mais altos para eles. Essa mudança no cenário de emprego contribui para uma leve redução da desigualdade no mercado de trabalho, embora os homens continuem a ocupar a maioria das novas posições.
Dados de um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Getulio Vargas indicam que, em 2024, a participação das mulheres no total de novas vagas subiu para 46,4%, enquanto em anos anteriores essa porcentagem era inferior. As mulheres apresentaram forte absorção em áreas como vendas e serviços, com incrementos significativos no número de vínculos, especialmente nas ocupações de vendedores e trabalhadores de atendimento ao público. Por outro lado, os homens se destacaram nas categorias de escriturários e funções transversais.
Em termos de salários, o estudo revelou que, em agosto de 2024, a média de admissão para homens foi de R$ 2.245, enquanto a das mulheres foi de R$ 2.031, evidenciando uma diferença salarial persistente de cerca de 10% a 11%. O total de empregos formais no Brasil, em agosto, registrou um saldo positivo de 232.513 postos, refletindo um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.