O aumento nas intenções de voto para o candidato republicano, Donald Trump, tem gerado apreensão entre líderes financeiros sobre possíveis mudanças nas tarifas comerciais e o impacto da emissão de dívidas nos Estados Unidos. Durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que ocorreram na semana passada, a incerteza sobre um possível retorno de Trump ao poder foi um tema recorrente, com preocupações sobre uma reversão das políticas climáticas e um aumento no endividamento.
Os analistas financeiros estão cientes de que uma vitória de Trump poderia reverter os avanços recentes na cooperação internacional e causar perturbações nas cadeias de suprimento global, com a implementação de tarifas elevadas sobre as importações. Em contrapartida, a possibilidade de uma vitória da vice-presidente Kamala Harris é vista como uma continuação das políticas de reaproximação iniciadas durante a gestão do atual presidente, que incluem esforços em questões climáticas e financeiras.
O impacto das eleições sobre os mercados financeiros é palpável, com um fortalecimento do dólar e uma resposta positiva a ativos de risco na expectativa de uma vitória de Trump. No entanto, tanto os planos econômicos de Trump quanto os de Harris apresentam riscos inflacionários, e a diretora-gerente do FMI enfatizou a necessidade de os países começarem a lidar com as dívidas acumuladas durante a pandemia para evitar um futuro de baixo crescimento e insatisfação social.