A economia da China apresentou um crescimento de 4,6% no terceiro trimestre de 2023, embora tenha mostrado sinais de desaceleração em comparação com o trimestre anterior. Apesar de alguns indicadores de consumo e produção industrial terem superado as expectativas, o setor imobiliário continua a ser um grande desafio, afetando a confiança dos consumidores e a saúde econômica geral. As autoridades implementaram diversas medidas de estímulo desde o final de setembro, mas os mercados ainda esperam mais detalhes sobre a abrangência do pacote e um plano de ação mais claro para revitalizar o crescimento econômico no longo prazo.
Os dados indicam que, embora o crescimento trimestral tenha sido de 0,9%, a fraqueza na demanda interna e a crise no setor imobiliário geram preocupações sobre a recuperação econômica. O consumo, que representa uma parte significativa da economia, está estagnado devido à falta de confiança dos consumidores, muitos dos quais têm grande parte de sua riqueza atrelada a imóveis, um setor que está em declínio. Observadores destacam que os esforços para estimular a economia podem levar tempo para surtir efeito e que os desafios estruturais, como o endividamento elevado e o envelhecimento da população, precisam ser abordados.
As autoridades chinesas se mostraram otimistas em relação ao cumprimento da meta de crescimento de cerca de 5% para o ano, sustentadas por mais medidas de apoio e cortes nos requisitos de reservas dos bancos. No entanto, especialistas indicam que, apesar das iniciativas recentes, o crescimento projetado para 2024 pode ficar aquém das expectativas, refletindo uma tendência de desaceleração contínua. A incerteza sobre a eficácia das políticas adotadas levanta questões sobre a capacidade da China de reverter sua desaceleração econômica.