Nas últimas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a possibilidade de um retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos gerou preocupação entre líderes financeiros e autoridades globais. O crescimento de suas intenções de voto, que ameaçam a vantagem da candidata democrata Kamala Harris, levanta temores sobre um aumento nas tarifas comerciais, uma elevação significativa da dívida pública e um retrocesso nas iniciativas de combate à mudança climática. Especialistas alertam que propostas de Trump, como a imposição de tarifas sobre importações e isenções fiscais abrangentes, podem resultar em uma nova onda de endividamento e tensões comerciais.
O ministro das Finanças da Alemanha destacou que um confronto comercial entre os EUA e a União Europeia resultaria em prejuízos para ambos os lados. Em contrapartida, uma vitória de Harris é percebida como uma continuidade da colaboração multilateral promovida pela administração atual, com um foco em reduzir a dívida e reformar políticas fiscais de maneira mais moderada. Embora ambos os candidatos apresentem propostas que aumentariam a dívida pública, as estimativas apontam que os planos de Harris acarretariam um impacto menor.
Os mercados financeiros reagem positivamente às perspectivas de uma vitória de Trump, refletindo isso em valorização do dólar e investimentos em diversas classes de ativos. Entretanto, analistas advertem que as promessas de Trump podem gerar incertezas econômicas e riscos inflacionários. A diretora-gerente do FMI ressaltou a importância de abordar os desafios econômicos atuais, sem se deixar influenciar pelo resultado das eleições, que devem ser decididas pelo eleitorado norte-americano.