Nos anos de 2023 e 2024, os ataques a ônibus no Rio de Janeiro resultaram em prejuízos superiores a R$ 70 milhões, conforme dados do Sindicato das Empresas de Ônibus da cidade. Nos últimos 12 meses, cerca de 134 veículos foram sequestrados para serem usados como barricadas, e 29 ônibus foram incendiados de forma criminosa. Os bairros mais afetados por essas ocorrências incluem Vila Aliança, Cordovil, Ramos, Muzema e Tijuquinha. A frequência desses ataques e do uso de veículos como barreiras tem aumentado, dificultando a atuação das autoridades.
De acordo com o porta-voz do Sindicato, a utilização de ônibus como barricadas tem se tornado uma tática comum entre criminosos, refletindo um histórico de violência contra o transporte coletivo. Embora ataques como incêndios a veículos tenham sido mais frequentes no passado, a estratégia atual parece visar especificamente a obstrução de ações policiais em regiões onde as atividades ilegais são mais intensas. Essa mudança tática tem se mostrado mais evidente nos últimos dois anos.
Recentemente, durante dois dias seguidos, criminosos usaram ônibus para bloquear ações policiais em áreas da zona oeste e da zona norte do Rio. Na quarta-feira (16), nove ônibus foram colocados em uma via na comunidade de Tijuquinha, enquanto na manhã de quinta-feira (17), cinco veículos foram atravessados em Costa Barros. Esses eventos destacam a crescente complexidade da situação de segurança pública na cidade, evidenciando a necessidade de uma resposta efetiva das autoridades.