Em novembro de 2021, Ricardo da Silva Pilotto, diretor executivo da Fundação Saúde, contratou uma empresa relacionada a Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, no contexto de um aumento de atenção sobre as contratações da Fundação, que estão sob investigação da CPI da Transparência da Alerj. O vínculo entre Pilotto e Matheus não é novo; anteriormente, eles haviam assinado um contrato relacionado a serviços de radiologia, enquanto Pilotto já ocupava sua posição na Fundação. As empresas envolvidas estão localizadas no mesmo endereço, o que levanta questões sobre a natureza das relações comerciais entre elas.
A CPI investiga indícios de irregularidades na celebração de contratos e Termos de Ajuste de Contas (TACs) entre a Fundação e a empresa do laboratório, que se tornaram mais evidentes após a revelação do parentesco entre Matheus e um ex-secretário de Saúde. Tais TACs, normalmente utilizados em situações excepcionais, permitiram que a Fundação Saúde desembolsasse R$ 2,5 milhões sem licitação. Essas contratações geraram preocupações sobre a transparência e a legalidade dos processos.
Doutor Luizinho, ex-secretário de Saúde, ainda mantém influência na pasta, e a situação levanta questões sobre a governança na Fundação. O atual presidente da CPI expressou a frustração em relação à falta de respostas por parte da secretaria, apontando que a tragédia recente poderia ter sido evitada com um melhor acompanhamento dos problemas existentes. As investigações continuam, e a Fundação Saúde não respondeu aos questionamentos feitos pela mídia sobre suas práticas contratuais.