A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde enfatizou a insuficiência das penas para quem desmata e criticou os cortes orçamentários realizados pelo Congresso que afetam o ICMBio e o Ibama. Durante a audiência, ela destacou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 não alocou recursos adequados para ações de combate a queimadas, resultando em uma redução significativa nas verbas solicitadas para fiscalização ambiental.
Marina explicou que o aumento das queimadas neste ano se deve, em parte, à combinação de altas temperaturas e baixa umidade, e que a maioria dos incêndios no Pantanal foi causada por ações humanas. Ela afirmou que é fundamental não apenas aumentar os recursos disponíveis, mas também educar a população para prevenir o uso do fogo, evitando assim desperdícios de dinheiro público em ações de combate a incêndios que poderiam ser prevenidas.
Apesar dos desafios enfrentados, a ministra ressaltou que, sob sua gestão, houve uma queda de 50% no desmatamento no primeiro ano e uma redução contínua no Cerrado e no Pantanal. Ela argumentou que, sem essas medidas de contenção, a situação em relação aos incêndios poderia ser ainda mais crítica, enfatizando a importância de um olhar cuidadoso sobre as causas do desmatamento e as ações do governo federal.