Na reta final das eleições nos Estados Unidos, a candidatura de Kamala Harris à presidência é marcada por uma crescente polarização de gênero, evidenciada por declarações misóginas de opositores republicanos, incluindo o ex-presidente Donald Trump. Enquanto a maioria das mulheres apoia Harris, os republicanos têm feito ataques que ressaltam estereótipos de gênero, tornando a disputa não apenas uma corrida eleitoral, mas uma “Guerra dos Sexos”. Kamala tem se concentrado em sua experiência e preparo para o cargo, evitando discutir diretamente as questões de gênero que seus adversários trazem à tona.
O apoio popular está claramente dividido entre os gêneros: 55% das mulheres apoiam Harris, enquanto 41% apoiam Trump; por outro lado, 56% dos homens votam em Trump e 40% em Harris. As diferenças na percepção sobre a capacidade de liderança de Harris em comparação com seu adversário refletem um preconceito enraizado, já que uma parcela significativa da população acredita que seu gênero pode prejudicar suas chances na corrida presidencial. Em contrapartida, a campanha de Harris busca ampliar seu alcance entre os homens, especialmente entre os eleitores negros, onde seu apoio tem crescido.
As questões sobre direitos reprodutivos também têm se mostrado centrais na eleição, com Trump tentando equilibrar sua posição após mudanças de opinião em relação à legislação sobre aborto. Enquanto isso, a presença de figuras influentes como Barack Obama tem sido crucial para atrair o eleitorado masculino para a campanha democrata. A luta por visibilidade e aceitação em um cenário político tradicionalmente dominado por homens evidencia a complexidade e a importância do debate de gênero nas eleições atuais.