Desde o recorde do Ibovespa em agosto, o índice acumulou uma perda de 4,76%, mas analistas apontam que a correção pode estar próxima do fim, apesar da falta de interesse dos investidores. Embora os preços das ações sejam considerados baratos, especialmente em comparação com a média histórica de P/L, a hesitação dos compradores, especialmente estrangeiros, em meio a incertezas econômicas, tem dificultado uma recuperação mais robusta.
Os analistas destacam que fatores macroeconômicos, tanto locais quanto globais, serão decisivos para a retomada do otimismo no mercado. A expectativa é de que medidas fiscais do governo brasileiro possam estimular o interesse dos investidores. Além disso, a divulgação dos resultados do terceiro trimestre é aguardada com otimismo, embora se reconheça que os resultados positivos das empresas não sejam suficientes para desviar a atenção das incertezas econômicas externas.
Com o Ibovespa respeitando regiões de suporte, como a marca de 129 mil pontos, há sinais de uma possível reversão da tendência corretiva. Projeções indicam que, se o índice conseguir se estabilizar acima de 131.500 pontos, uma nova onda de alta pode surgir, com muitos analistas apostando em um fechamento do índice em torno de 140 mil pontos até o final do ano. No entanto, a combinação de taxas de juros elevadas e incertezas fiscais ainda representa um desafio para a recuperação plena da Bolsa.