A Coreia do Norte anunciou a realização de um teste de míssil balístico intercontinental (ICBM) na manhã de quinta-feira (31), que é considerado o mais prolongado em termos de tempo de voo para um projétil do país. O lançamento, que ocorreu antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, foi realizado em um ângulo elevado e viajou cerca de mil quilômetros, atingindo uma altitude estimada de 7 mil quilômetros antes de cair no mar, fora da zona econômica exclusiva do Japão. Este teste levanta preocupações sobre a capacidade da Coreia do Norte de lançar ataques nucleares com mais rapidez, especialmente com o desenvolvimento de mísseis de combustível sólido.
O teste coincide com um aumento na produção nuclear da Coreia do Norte e um fortalecimento de laços com a Rússia, o que intensifica as preocupações ocidentais sobre a direção do regime. Além do lançamento do míssil, autoridades sul-coreanas alertaram sobre a possibilidade de um sétimo teste nuclear iminente, com preparativos já em andamento no local de testes em Punggye-ri. Enquanto isso, milhares de soldados norte-coreanos estão recebendo treinamento na Rússia, levantando suspeitas sobre uma troca potencial de tecnologia militar entre os dois países.
O governo dos Estados Unidos condenou o teste como uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, destacando que o lançamento aumenta as tensões na região. O líder norte-coreano reafirmou a intenção do país de fortalecer suas forças nucleares, enquanto analistas preveem que Pyongyang possa buscar tecnologia russa em troca de apoio militar. As recentes ações da Coreia do Norte não apenas ampliam as preocupações sobre a segurança regional, mas também sobre o futuro das relações internacionais em um contexto de crescente rivalidade global.