A Coreia do Norte anunciou uma mudança significativa em sua Constituição, reconhecendo a Coreia do Sul como um estado hostil e abandonando qualquer plano de reunificação. Essa decisão foi comunicada pela agência estatal KCNA, que também revelou que o país já iniciou operações para destruir rodovias e ferrovias que conectam as duas nações, reafirmando a intenção de uma separação definitiva. As autoridades norte-coreanas afirmam que essa medida é legítima e necessária, conforme os novos termos da Constituição.
Em meio ao aumento das tensões entre os dois países, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, já havia orientado a Assembleia Popular a aprovar essa emenda constitucional, excluindo o objetivo de reunificação. Enquanto isso, a Coreia do Sul expressou sua intenção de continuar buscando a reunificação, ao mesmo tempo em que se prepara para responder a possíveis agressões da Coreia do Norte. As relações entre as duas Coreias têm se deteriorado, com recentes episódios de lançamento de satélites espiões, testes de mísseis balísticos e uma série de manobras militares conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
A escalada das tensões ocorre em um contexto onde as duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde o armistício assinado na década de 1950. Em um movimento que reflete a crescente aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte, os dois países assinaram um acordo de ajuda mútua, reminiscentes das relações durante a Guerra Fria. A situação se complica ainda mais com a preparação do Exército norte-coreano para um possível conflito, conforme declarado por Kim Jong-un, que agora vê a Coreia do Sul como um inimigo declarado.