A COP29 terá como foco central o financiamento climático, destacando a proposta do Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQG), que busca direcionar recursos financeiros das nações desenvolvidas para aquelas em desenvolvimento. Um relatório da Energy Transitions Commission (ETC) aponta a necessidade de estabelecer categorias claras de financiamento climático, ressaltando que, embora o acordo climático de Paris tenha prometido suporte financeiro aos países menos favorecidos, a meta de US$ 100 bilhões anuais não foi atingida até 2022. As Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs) são cruciais na redução das emissões, necessitando revisão para aumentar a ambição dos compromissos assumidos.
O relatório enfatiza a necessidade de investimentos significativos, com estimativas de que a transição para sistemas de energia de carbono zero requererá cerca de US$ 3 trilhões anuais até 2050, majoritariamente provenientes de instituições privadas. Além disso, destaca a importância dos pagamentos concessionais, que visam mitigar emissões em áreas específicas, e os investimentos em adaptação, que devem totalizar cerca de US$ 250 bilhões anuais. A discussão em torno do NCQG é complexa, com países exigindo valores superiores a US$ 1 trilhão anuais, enquanto os países desenvolvidos ainda não se comprometeram com aumentos significativos.
A ETC propõe que o NCQG inclua definições claras sobre os tipos de investimento e fontes de financiamento, enfatizando a necessidade de fluxos financeiros robustos para países de média e baixa renda. A proposta também sugere ampliar a definição de países contribuintes, incluindo aqueles com altas emissões per capita, e fomentar novas fontes de recursos, como impostos globais sobre carbono. As NDCs devem estabelecer metas mais ousadas para a redução de emissões e identificar os investimentos necessários para alcançar essas metas, estabelecendo conexões com políticas de apoio adequadas.