No próximo mês, de 11 a 22 de novembro, Baku, no Azerbaijão, sediará a COP29, a conferência climática global da ONU. O Brasil já delineou sua posição, manifestando desacordo com a proposta de financiamento dos países desenvolvidos, que busca ampliar a base de doadores. A secretária de Mudança do Clima destacou que essa abordagem é inaceitável, reafirmando a aliança do Brasil com países como a China e membros do G77 na rejeição dessa proposta, especialmente à luz do não cumprimento das metas financeiras estabelecidas pelo Acordo de Paris.
Além das questões de financiamento, a adaptação climática será um tema central nas discussões. Especialistas ressaltam a importância de abordar desigualdades raciais, de gênero e territoriais, apontando que a adaptação não se limita apenas a infraestrutura, mas deve incluir a luta contra desigualdades históricas. Outro assunto relevante é o mercado de carbono, no qual o Brasil, devido à sua vasta cobertura florestal, terá um papel significativo. Contudo, enquanto o mercado internacional avança, o Brasil ainda debate a regulamentação desse tema no Senado.
A COP30 está agendada para acontecer no Brasil, em Belém, o que aumenta as expectativas de que o país assuma um papel de liderança nas negociações. Observadores acreditam que haverá pressão para que o Brasil cobre dos países desenvolvidos um maior comprometimento financeiro. Além disso, a inclusão da sociedade nas discussões é vista como essencial para garantir uma abordagem mais equitativa e efetiva nas estratégias de combate às mudanças climáticas, alinhando-se assim aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.