Elon Musk, um dos empresários mais influentes do mundo, tem mantido conversas regulares com o presidente russo desde o final de 2022, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal. Essas interações, que envolvem temas pessoais, negócios e tensões geopolíticas, despertam preocupações entre autoridades americanas sobre a proteção de informações sensíveis, especialmente dado o acesso de Musk a dados confidenciais através de sua empresa, a SpaceX. A situação é ainda mais delicada devido ao papel de Musk como um possível colaborador em um futuro governo, caso um ex-presidente retorne ao cargo.
Além das discussões sobre negócios, um dos episódios notáveis das conversas ocorreu quando Putin solicitou que Musk não ativasse o serviço de internet via satélite Starlink em Taiwan, como um favor ao líder chinês. A relação de Musk com a Rússia não é nova; ele já havia viajado ao país em 2002 para negociar a compra de foguetes, embora a tentativa tenha fracassado. Atualmente, apesar de ter demonstrado apoio à Ucrânia no início do conflito, houve preocupações recentes sobre o uso do Starlink por forças russas, levando autoridades do Pentágono a buscar soluções em conjunto com a Ucrânia.
Durante um evento recente, Musk destacou a importância da transparência governamental e mencionou seu acesso a informações confidenciais, subestimando a complexidade das questões que normalmente são mantidas em sigilo. Essa mistura de interesses empresariais e geopolíticos, aliada a declarações de figuras políticas, como a preferência de Putin por um ex-presidente, aumenta as especulações sobre as implicações dessas interações e o futuro das relações entre os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia.