As contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 6,5 bilhões em setembro de 2024, em contraste com o superávit de US$ 268 milhões no mesmo mês do ano anterior. Ao longo dos últimos doze meses, o déficit em transações correntes atingiu US$ 45,8 bilhões, o que representa 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB). A balança comercial teve um superávit de US$ 4,8 bilhões, inferior aos US$ 8,5 bilhões do ano passado, com exportações de bens somando US$ 29 bilhões e importações alcançando US$ 24,2 bilhões.
Além disso, a renda primária apresentou um aumento significativo, com um déficit de US$ 6,5 bilhões, um acréscimo de US$ 1,5 bilhão em relação ao ano passado. A renda secundária, embora registrasse um superávit de US$ 181 milhões, apresentou uma queda de US$ 133 milhões na comparação interanual. O déficit na conta de serviços também cresceu, totalizando US$ 5 bilhões, um aumento de 44,4% em relação a setembro de 2023, refletindo despesas líquidas mais altas em várias categorias, incluindo transporte e telecomunicações.
Os investimentos diretos no país alcançaram ingressos líquidos de US$ 5,2 bilhões em setembro, uma leve alta em relação aos US$ 5,1 bilhões do ano anterior. O total de investimento direto acumulado nos últimos doze meses foi de US$ 70,7 bilhões, correspondendo a 3,20% do PIB. As reservas internacionais do Brasil subiram para US$ 372 bilhões, com um incremento de US$ 2,8 bilhões em relação ao mês anterior, impulsionadas principalmente por variações positivas de preços e paridades.