Dois médicos estão sendo investigados pelos Conselhos Regionais de Medicina após fazerem afirmações consideradas falsas sobre o câncer de mama durante o Outubro Rosa, uma campanha de conscientização sobre a doença. As declarações foram avaliadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e foram classificadas como fake news, levantando preocupações sobre a disseminação de informações erradas que podem impactar a prevenção e o tratamento do câncer de mama. As publicações em questão negaram a existência da doença e criticaram práticas de rastreamento como a mamografia, fundamentais na detecção precoce.
A Sociedade Brasileira de Mastologia expressou preocupação com a proliferação de notícias falsas que minam a credibilidade das informações sobre o câncer de mama. Os especialistas alertam que desconsiderar a gravidade da doença pode levar a diagnósticos tardios e tratamentos inadequados, prejudicando a saúde das mulheres que lidam com a condição. Além disso, práticas como a promoção de terapias não comprovadas podem ser perigosas e contraproducentes.
De acordo com estimativas recentes do Inca, o câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre mulheres brasileiras, com mais de 70.000 novos casos anuais. A mamografia é considerada a melhor ferramenta para a detecção precoce e prevenção de mortes. Especialistas ressaltam que a utilização de hormônios em casos de câncer de mama é contraindicada, uma vez que pode estimular o crescimento de células tumorais. A situação levanta questões sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde em fornecer informações precisas e baseadas em evidências.