A Conmebol enviou um ofício à Associação Uruguaia de Futebol exigindo a liberação da torcida do Botafogo para o jogo contra o Peñarol, marcado para o estádio Campeón del Siglo. O comunicado enfatizou a necessidade de garantir a segurança dos torcedores brasileiros em Montevidéu, especialmente após a decisão do governo uruguaio de permitir apenas a presença dos torcedores do Peñarol, citando preocupações de segurança relacionadas a incidentes recentes no Brasil. A entidade sul-americana ameaçou realizar o jogo sem público ou mudar o local caso a situação não fosse resolvida.
Diante da proibição, o Botafogo acionou o Itamaraty e a Interpol para garantir a presença de seus torcedores, argumentando que a responsabilidade pela segurança dos visitantes recai sobre o clube anfitrião. A diretoria do Botafogo destacou que decisões unilaterais sobre segurança poderiam criar precedentes perigosos para a competição, permitindo que outros clubes adotassem justificativas semelhantes para barrar torcidas adversárias em jogos futuros. O clube carioca acredita que o não cumprimento das normas de segurança não deve beneficiar a equipe anfitriã.
Enquanto isso, o presidente do Peñarol se manifestou publicamente, buscando garantir a presença de seus torcedores em meio à pressão da Conmebol. A situação é tensa, com relatos de conflitos entre torcedores durante a semana anterior ao jogo, incluindo confrontos com a polícia e danos a propriedades. O Botafogo, que venceu a partida de ida por 5 a 0, está reforçando a segurança para sua viagem a Montevidéu, em um cenário de crescente preocupação com a segurança nas partidas da Libertadores.