A escalada do conflito entre Israel e Irã gera preocupações econômicas, especialmente para o Brasil, que pode enfrentar desafios relacionados ao câmbio e aos preços dos combustíveis. O aumento das tensões na região já impactou os preços do petróleo, que subiram 5% no mercado internacional, gerando receios sobre o encarecimento da gasolina nas bombas. Especialistas destacam que a situação mundial de commodities, especialmente na área de combustíveis e energia, é crítica e afeta diretamente o transporte e a logística global.
O Irã, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, representa 4% da produção global, enquanto países como Arábia Saudita e Iraque também exercem influência significativa. Apesar do aumento nos preços, analistas acreditam que é cedo para prever riscos mais amplos, uma vez que a magnitude do impacto global dependerá da evolução do conflito e de sua repercussão sobre a produção e distribuição de petróleo. A possibilidade de um fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa 21% do petróleo mundial, é um fator crítico a ser observado.
Além disso, o cenário de incertezas pode levar à desvalorização de moedas consideradas menos seguras, resultando em uma migração de investidores para o dólar, que tende a se valorizar. No comércio exterior, o Brasil mantém uma relação comercial com Israel e Irã, apresentando um superávit positivo com o Irã e um déficit com Israel. O governo brasileiro está atento aos possíveis impactos da escalada do conflito, embora, neste momento, considere que os riscos associados ao comércio exterior são limitados, podendo mudar conforme a evolução dos acontecimentos.