A recente escalada do conflito entre Israel e Hezbollah forçou milhares de libaneses a abandonarem suas casas, incluindo uma mulher grávida que, em trabalho de parto, teve que fugir para o Iraque. Lubana Ismail e sua família deixaram sua aldeia no sul do Líbano em busca de segurança, mas enfrentaram dificuldades em encontrar atendimento médico adequado nos hospitais de Beirute e Sidon, todos lotados devido à crescente crise humanitária. Com o apoio do pai, a família decidiu viajar até Najaf, no Iraque, onde as condições de atendimento médico são mais favoráveis para emergências.
A situação no Líbano se agrava a cada dia, com mais de um milhão de pessoas deslocadas em consequência dos bombardeios israelenses. As comunidades do sul, próximas à fronteira, são as mais afetadas, enfrentando não apenas a violência, mas também a escassez de energia elétrica e o colapso da infraestrutura básica. Relatos de sobreviventes indicam um cenário desesperador, onde a insegurança e a falta de perspectivas futuras têm gerado ansiedade entre as famílias, especialmente aquelas com crianças.
Além dos libaneses, a crise também impacta brasileiros que residem na região, forçando-os a deixar suas casas e buscar abrigo em áreas mais centrais do país. Com mais de 2.000 mortos, incluindo um número alarmante de crianças, o atual conflito já ultrapassou as fatalidades da guerra do Líbano em 2006. A deterioração das condições de vida e a incerteza quanto ao futuro têm gerado um apelo humanitário urgente, refletindo a necessidade de uma solução pacífica para o conflito.