Os recentes ataques israelenses à missão de paz da ONU no Líbano provocaram forte indignação internacional, levando a condenações de importantes potências europeias, como Itália, França e Alemanha. Durante a última semana, pelo menos cinco soldados da Unifil ficaram feridos, em meio a alegações de que Israel estaria atacando áreas utilizadas pelo Hezbollah para realizar operações militares. O primeiro-ministro de Israel argumentou que o Hezbollah se aproveita das instalações da Unifil como cobertura para seus ataques a comunidades israelenses.
A União Europeia se manifestou contra os ataques, reafirmando que as operações das forças de paz devem ser respeitadas. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha destacou que a intrusão nas bases da ONU é inaceitável e que todas as partes devem conduzir suas operações de combate exclusivamente contra alvos militares. Em uma carta conjunta, os líderes de Itália, Reino Unido, França e Alemanha enfatizaram a responsabilidade de garantir a segurança das forças de paz em todas as circunstâncias.
Em meio a esse cenário, o secretário-geral da ONU declarou que os ataques às forças de paz violam o direito internacional e podem ser considerados crimes de guerra. Apesar das solicitações para que a Unifil se retirasse temporariamente do sul do Líbano, o governo espanhol e a própria ONU afirmaram que a missão de paz permanecerá em suas posições, reafirmando o compromisso com a estabilidade na região. A ONU decidiu manter a Unifil em todas as suas posições, mesmo diante dos apelos das Forças de Defesa de Israel para uma retirada.