A missão de paz da ONU no sul do Líbano foi alvo de novos disparos, resultando em um soldado ferido em seu quartel-general em Naqoura. Desde quinta-feira, cinco membros da força multinacional foram atingidos, incluindo os feridos pela artilharia de Israel, que justificou suas ações como resposta a ameaças do Hezbollah. Apesar do pedido do governo israelense para desocupar a área, a ONU decidiu manter suas posições até que a situação se torne insustentável.
A recente agressão ao quartel da ONU provocou uma onda de condenações internacionais, incluindo um apelo do presidente dos Estados Unidos para que Israel cesse os ataques às tropas de paz. Mais de 100 países, entre eles Brasil e Portugal, manifestaram apoio ao secretário-geral da ONU, após Israel declarar António Guterres persona non grata. Essa declaração foi vista como um obstáculo à capacidade da ONU de realizar suas atividades na região.
Paralelamente, Israel intensificou suas operações militares no Líbano, ordenando a retirada de civis de 22 vilarejos, visando alvos do Hezbollah. No norte do Líbano, bombardeios resultaram em nove mortos, enquanto em Gaza, ataques israelenses causaram 49 mortes e mais de 200 feridos nas últimas 24 horas. No entanto, durante o Yom Kipur, uma data sagrada para os israelenses, o Hezbollah disparou mais de 300 foguetes, levando o exército a restringir a circulação civil em várias áreas.