Na manhã do dia 19, o Grupo Hospitalar Conceição assumiu a unidade do Hospital Federal de Bonsucesso após cinco dias de protestos por parte dos servidores, que se opõem à mudança de gestão determinada pelo Ministério da Saúde. A nova direção foi recebida por uma escolta da Polícia Militar, que utilizou spray de pimenta para dispersar manifestantes que tentavam se manter na área do hospital, gerando um clima tenso durante todo o dia. Christiane Gerardo, diretora do sindicato dos servidores, foi detida durante a ação policial, que visava garantir a desocupação da unidade.
Apesar das promessas do novo diretor de que os atendimentos continuariam e que seriam reabertos leitos e serviços essenciais, os protestos dos servidores refletem a insatisfação com a abordagem do governo e a falta de diálogo. O Ministério da Saúde, por sua vez, assegurou que os direitos dos funcionários seriam mantidos e que novas contratações seriam realizadas para reestabelecer a normalidade na operação do hospital. A Federação Médica Brasileira expressou preocupações sobre a forma como a situação foi tratada, considerando a ação da polícia uma abordagem autoritária.
A tensão entre servidores e autoridades revela a complexidade da transição de gestão em instituições públicas de saúde, que frequentemente se deparam com resistência em momentos de mudança. As manifestações destacam não apenas a luta por direitos dos trabalhadores, mas também a necessidade de um diálogo mais efetivo entre as partes envolvidas para evitar escalonamentos de conflitos em ambientes sensíveis como os hospitais.