Na última quarta-feira (23), a praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de um tumulto envolvendo torcedores uruguaios do Peñarol, que causaram danos significativos a veículos e estabelecimentos comerciais. Durante cerca de uma hora e meia, a violência tomou conta da orla, com carros sendo vandalizados e motos incendiadas, enquanto a presença policial foi quase inexistente. Um professor de surfe teve seu carro danificado e quase incendiado, mas foi salvo por surfistas que intervieram na situação.
Os incidentes foram provocados por uma combinação de fatores, incluindo o consumo excessivo de álcool pelos torcedores e relatos de furtos e ofensas racistas. Testemunhas relataram que a situação se agravou com tentativas de roubo de barracas de praia e provocações entre os torcedores e os banhistas locais. A confusão culminou em prisões, com 283 pessoas detidas e uma arma apreendida, além de vários feridos que receberam atendimento médico.
O clima de hostilidade foi ainda mais intensificado por relatos de assédio e discriminação durante o tumulto. Algumas pessoas se manifestaram contra comportamentos inadequados e ataques raciais, levando a uma reação de outros frequentadores da praia. Este episódio, que se desenrolou em meio a um dia de sol, expõe a fragilidade da segurança pública em eventos que atraem grandes grupos, especialmente em contextos de rivalidade esportiva.