Um ano após o início do conflito em Gaza, a situação permanece crítica, com mais de 41 mil mortes e a população local vivendo em condições desumanas. O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de quase 1.200 israelenses e levou a uma resposta militar enérgica de Israel, que se transformou em uma guerra prolongada. Apesar da devastação em Gaza, a estrutura do Hamas se mantém, dificultando a possibilidade de uma solução militar para o conflito.
A política interna de Israel tem influenciado a condução da guerra, com a coalizão governamental priorizando objetivos que, segundo analistas, são inatingíveis, como a eliminação do Hamas. A fraqueza da Autoridade Nacional Palestina (ANP) também complica a situação, já que a ANP perdeu prestígio e crédito entre os palestinos, enquanto o Hamas continua a manter sua base de apoio, apesar do crescente descontentamento com sua liderança durante a guerra.
Além disso, o papel dos países árabes e dos Estados Unidos tem sido limitado, com a maioria dos governos árabes adotando uma postura cautelosa e sem ações decisivas. A falta de pressão significativa dos Estados Unidos sobre Israel durante o conflito permitiu que as hostilidades continuassem, sem que houvesse uma perspectiva clara de cessar-fogo ou de um futuro político viável para Gaza.