A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) ocorrerá em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro, reunindo representantes de 198 países. Um dos principais focos da conferência será o desenho de um financiamento climático global, crucial para a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países signatários do Acordo de Paris. Essas NDCs devem alinhar-se à meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais, e discutir os custos e fontes de financiamento é fundamental para a efetividade das ações climáticas.
Durante o evento, cinco temas centrais dominarão as discussões: transparência nos financiamentos, atualização do valor do financiamento global, definição dos responsáveis pelos pagamentos, cronograma para novas obrigações e a alocação proporcional dos recursos entre ações de mitigação e adaptação. Nos últimos cinco anos, o montante de US$ 100 bilhões, prometido por países desenvolvidos aos em desenvolvimento, foi considerado insuficiente, e há uma demanda por maior clareza na metodologia da OCDE sobre esses repasses, visando garantir o cumprimento dos compromissos assumidos.
Além do financiamento climático, a regulamentação de um mercado de carbono global também será um tema relevante na conferência. Singapura e Nova Zelândia liderarão as negociações sobre esse assunto, com a expectativa de um acordo internacional. Os representantes destacam a importância de avançar nas discussões sobre os dois temas e reforçam que o Brasil está preparado para contribuir efetivamente, alinhando suas metas nacionais às diretrizes internacionais, enquanto se espera que questões não resolvidas sejam postergadas para a COP30, prevista para 2025 em Belém.