Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a importância de garantir que os povos tradicionais recebam recursos adequados pela proteção da biodiversidade. Ela destacou que a exploração de recursos naturais e conhecimentos associados deve ser feita de forma justa e equitativa. Silva defendeu a participação mais efetiva das comunidades indígenas e afrodescendentes nas decisões sobre o uso do patrimônio genético, sublinhando a necessidade de um acordo sobre os direitos de acesso a informações de sequências digitais.
O financiamento da preservação da biodiversidade se tornou um ponto central nas discussões da COP 16, com a proposta de criação de um Fundo de Sequências Digitais (DSI) que assegure recursos para as populações indígenas. As negociações também buscam incluir coletivos afrodescendentes na convenção, com apoio do governo brasileiro. A ministra mencionou iniciativas do Brasil, como o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre, que visa proporcionar suporte financeiro contínuo aos países que preservam suas florestas.
A COP da Biodiversidade, originada da ECO-92, busca atualizar metas globais para reverter a perda de biodiversidade, estabelecendo 23 objetivos para 2023. Entre as metas brasileiras, destaca-se o compromisso de zerar o desmatamento até 2030, além de promover a inclusão socioeconômica das comunidades locais. A conferência também prepara o terreno para a COP30, que será realizada no Brasil em 2025, consolidando o papel do país na agenda global de preservação ambiental.