A 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16) teve início em Cali, na Colômbia, com o tema “Paz com a Natureza”. O evento, que ocorre até o dia 1º de outubro, destaca a importância da colaboração entre diversos setores da sociedade, como povos indígenas, empresas, e academia, para valorizar e proteger a biodiversidade. A conferência é a primeira após a implementação do Marco Global de Kunming-Montreal, que estabelece 23 metas a serem alcançadas até 2030 para a regeneração da biodiversidade global.
O Brasil participará das discussões sobre a atualização de sua Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade, alinhando-se ao compromisso internacional estabelecido no marco global. Durante a conferência, serão apresentadas iniciativas como o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, parte do Plano Clima, que integra ações para o enfrentamento das mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade. Autoridades brasileiras destacaram a necessidade de unir as discussões sobre clima e biodiversidade, com o objetivo de liderar essas pautas nos debates globais.
Outro ponto central da COP-16 é a discussão sobre financiamento para a conservação da biodiversidade, com ênfase nas metas estabelecidas pelo Marco Global, que prevê um investimento anual de US$ 200 bilhões. No entanto, relatórios indicam que apenas 23% dessas metas foram cumpridas por países desenvolvidos até o momento. O Brasil também abordará a criação de um mecanismo multilateral para a gestão de sequenciamentos genéticos, visando garantir uma distribuição justa dos benefícios gerados por esses recursos.