Em 21 de abril de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek sancionou a lei que estabeleceu a mudança da capital do Brasil para Brasília, culminando um processo que já havia começado com discussões sobre o plano urbanístico da nova cidade. Esse plano foi definido por meio de um concurso que avaliou 26 propostas de arquitetos entre 1956 e 1957, resultando na escolha do projeto de Lúcio Costa como o vencedor. O concurso também destacou outras propostas notáveis, incluindo os projetos de Rino Levi e do escritório MMM Roberto, que empataram em terceiro lugar.
O projeto de Rino Levi era caracterizado por superblocos de habitação de grande altura, enquanto a proposta dos irmãos Roberto apresentava uma organização em grandes áreas circulares, uma ideia considerada radical. O segundo lugar foi ocupado pelo arquiteto Boruch Milman, cuja proposta geométrica também mereceu destaque e reconhecimento. O professor Cláudio José, da Universidade de Brasília, elogiou a eficácia e a ambição do projeto de Costa, ressaltando a singularidade de seu trabalho, que foi feito totalmente à mão.
A proposta de Lúcio Costa se destacou pela sua simplicidade e funcionalidade, dividindo Brasília em quatro escalas: monumental, residencial, bucólica e gregária, cada uma com sua função específica. Este projeto transformou Brasília em uma capital planejada e modernista, atraindo a atenção mundial e definindo um marco importante na história urbanística do Brasil. A construção de Brasília, realizada em apenas quatro anos, é considerada um feito extraordinário, simbolizando a determinação e a visão do governo da época.