A crise de abastecimento elétrico que atinge São Paulo há três dias mobilizou autoridades locais e federais, incluindo o prefeito da cidade e o governador do estado, para exigir o fim da concessão da Enel, responsável pelo serviço elétrico na região. Com cerca de 900 mil imóveis ainda sem luz, a situação gerou um clamor por mudanças na gestão da empresa, levando a discussões sobre a possibilidade de caducidade do contrato, que poderia ser acionada por inexecução das obrigações acordadas.
O governador destacou que, se o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) respeitarem os cidadãos, o processo para encerrar a concessão da Enel deve ser iniciado de forma imediata. Ele também solicitou que a Aneel intensifique a fiscalização sobre a concessionária, que, segundo avaliação da agência, não apresenta justificativas adequadas para a renovação de seu contrato.
A crise energética em São Paulo não apenas gerou uma série de reclamações por parte dos moradores, mas também chamou a atenção de órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, que anunciou a abertura de investigações sobre o caso. A situação reflete a insatisfação crescente da população com a qualidade dos serviços prestados pela Enel e a necessidade de ações concretas para assegurar o fornecimento de energia de forma eficiente e confiável.