A Middle East Airlines (MEA) tem enfrentado desafios significativos em meio aos recentes bombardeios israelenses nos subúrbios de Beirute, mas se tornou um símbolo de resistência ao manter suas operações. A companhia, que é a única ainda voando a partir do aeroporto de Beirute, recebeu garantias de que seus voos civis não seriam alvo. O capitão Mohammed Aziz, conselheiro do presidente da MEA, afirmou que a avaliação de risco é feita diariamente para garantir a segurança dos passageiros, permitindo que a empresa continue a operar com um número diário de voos que se mantém próximo ao normal, apesar das circunstâncias.
Embora a MEA tenha conseguido operar, as imagens de aviões decolando em meio a nuvens de fumaça geradas por ataques aéreos têm gerado preocupação. Algumas embaixadas têm fretado voos comerciais adicionais para evacuar seus cidadãos, enquanto outros passageiros, como consultores de negócios, optam por voar por razões pessoais e profissionais, mesmo cientes dos riscos. O ex-piloto John Cox expressou preocupações sobre a segurança de operar em uma zona de conflito ativo, destacando as dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas em avaliar riscos em um cenário de combate.
A MEA tem tomado medidas para mitigar riscos, como coordenar com o governo libanês e estacionar parte de sua frota fora do país. Apesar das dificuldades, a companhia aérea reconhece a importância de manter a conexão do Líbano com o mundo exterior. Para muitos libaneses, a continuidade dos voos representa um consolo em tempos incertos, embora a experiência de viajar possa ser angustiante.