Nos Estados Unidos, é comum que os pais comprem ações para seus filhos assim que nascem, como parte de uma cultura de investimentos consolidada. No Brasil, esse hábito ainda não é enraizado, mas especialistas acreditam que a ideia de que quanto mais cedo se começa a investir, melhor, pode ser igualmente aplicada. Crianças podem ter contas de investimento desde que possuam um CPF ativo e um comprovante de residência, permitindo que sejam titulares, embora as movimentações sejam realizadas pelos responsáveis até que atinjam 18 anos.
Para investir, os pais precisam definir o objetivo do aporte, que pode variar entre estudos, viagens ou até aposentadoria. Para metas de curto prazo, como uma viagem, recomenda-se investir em ativos conservadores, como Tesouro Selic e CDBs. Já para horizontes de investimento mais longos, opções como fundos de investimento podem ser interessantes, uma vez que oferecem gestão profissional e menos necessidade de acompanhamento constante. Além disso, a disciplina de aportes mensais pode ser mais relevante do que um grande valor inicial, contribuindo para o crescimento do patrimônio ao longo do tempo.
Embora não existam ativos específicos com benefícios fiscais para investimentos em nome dos filhos, os fundos de previdência são uma alternativa a considerar, pois possuem uma alíquota menor de imposto após dez anos de investimento e facilitam a sucessão familiar, evitando a inclusão em inventários. Essa abordagem pode trazer segurança e otimização tributária para os pais que desejam garantir um futuro financeiro mais sólido para seus filhos.