O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou a criação de uma comissão especial para avaliar o projeto de lei que propõe a anistia aos detidos em decorrência dos eventos de 8 de janeiro. A formação dessa comissão pode atrasar significativamente a tramitação da proposta, que exigirá pelo menos 40 sessões do plenário. Essa questão é considerada uma das prioridades dos apoiadores de um ex-presidente e será composta por 34 membros, incluindo o presidente e o relator, que seguirão um cronograma específico antes de apresentarem um novo parecer.
O projeto de lei 2858/22 está sendo visto como um ponto crucial para a oposição, que condiciona seu apoio a candidatos à aprovação da anistia. Enquanto isso, membros do governo estão mobilizados para bloquear o avanço da proposta, evidenciando a polarização em torno do tema. No momento, ainda não foi definido um novo relator para o projeto, que anteriormente estava sob a responsabilidade de um deputado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Arthur Lira enfatizou a necessidade de que a discussão sobre a anistia não se torne um campo de batalha política, destacando a importância de um debate responsável e fundamentado. A polarização sobre a questão da anistia e seu impacto nas dinâmicas políticas atuais refletem a complexidade do cenário político brasileiro e as diversas posições que envolvem a análise desse projeto de lei.