Os comícios eleitorais de Donald Trump e Kamala Harris na Carolina do Norte têm como alvo principal o eleitorado negro, conforme observado pela analista de internacional Fernanda Magnotta. Este estado se destaca como um território crucial nas eleições americanas, especialmente pela importância do voto de homens afro-americanos. Magnotta também menciona que tanto mulheres escolarizadas quanto homens suburbanos têm recebido atenção nas campanhas, refletindo uma estratégia abrangente para conquistar esses grupos.
A singularidade demográfica da Carolina do Norte, caracterizada pela presença de migrantes de estados como Michigan e Ohio, contribui para um cenário eleitoral complexo. A diversidade étnica e econômica dos eleitores, somada à transformação provocada pelo influxo de eleitores rurais, torna a dinâmica da eleição neste estado um microcosmo das tendências eleitorais nos Estados Unidos. As campanhas estão adaptando suas estratégias para captar a atenção desse público diversificado.
A escolha de J.D. Vance como companheiro de chapa de Trump, em detrimento de um senador negro republicano local, é vista como uma decisão estratégica de longo prazo, priorizando a lealdade ao movimento Make America Great Again. Contudo, essa escolha pode ser arriscada, especialmente após a vitória de Joe Biden na Carolina do Norte nas eleições anteriores. A disputa revela a relevância do voto negro e como as decisões dos candidatos podem influenciar substancialmente os resultados em estados decisivos, ressaltando a complexidade demográfica da região.