A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) divulgou sua carta de posicionamento para a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP 29. O documento, intitulado “Pré-COP 29, de Baku a Belém”, reflete a visão da entidade sobre temas climáticos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando o papel do agronegócio como parte da solução para os desafios climáticos enfrentados atualmente. Durante o evento, o presidente da CNA, João Martins, enfatizou que o setor não apenas sofre com os efeitos das mudanças climáticas, mas também contribui significativamente para a mitigação e adaptação, promovendo desenvolvimento econômico e segurança alimentar.
A carta apresenta prioridades e ações sugeridas para a agricultura brasileira, incluindo a aprovação do plano de trabalho do Grupo de Sharm El-Sheikh e a definição de prazos para a implementação de um portal que reunirá informações sobre ações de agricultura e segurança alimentar. O documento também menciona a importância de tecnologias que permitam a redução de emissões e práticas de adaptação, além de destacar a necessidade de cooperação entre o setor público, privado e a sociedade civil. O objetivo é garantir que as ações climáticas do agronegócio estejam alinhadas com as metas climáticas do Brasil e os compromissos globais.
João Martins defendeu que o combate ao desmatamento ilegal deve ser uma prioridade nas estratégias climáticas brasileiras, visando erradicar essa prática até 2030. Ele ressaltou que a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil já é ambiciosa, com o setor agropecuário oferecendo uma contribuição crucial para o cumprimento das metas estabelecidas. A carta reafirma o compromisso da CNA com a sustentabilidade e a eficiência na produção agrícola, posicionando o Brasil como um líder na busca de soluções climáticas viáveis.